60 anos do golpe militar de 1964 serão relembrados com atos públicos pelo país
Para que não se esqueça, para que não mais aconteça. Ditadura nunca mais!
Atos públicos irão lembrar, sim, os crimes da ditadura para que não mais aconteça.
No próximo 31 de março, se completam 60 anos do golpe cívico-militar. O golpe foi uma resposta dos capitalistas brasileiros, dos grandes proprietários de terra, juntamente com o imperialismo estadunidense e políticos de oposição ao então presidente João Goulart, o Jango, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), a uma crescente efervescência de lutas operárias e populares nas quais o país estava mergulhado na época.
Milhares de ativistas políticas que se enfrentaram com a ditadura militar foram mortos, perseguidos e torturados. Entres esses, estão militantes da Convergência Socialista, corrente política que deu origem ao PSTU.
Diferentemente do que disse o presidente Lula (PT), não podemos e não vamos esquecer os crimes cometidos por essa ditadura corrupta e a serviço do capital estrangeiro.
A democracia burguesa brasileira é manca. Aqui, não houve punição aos militares, um dos únicos países da América do Sul a não punir seus algozes. No Brasil, a anistia aos presos e exilados políticos, em 1979, veio junto da anistia aos militares que cometeram graves crimes.
Além de deixar criminosos livres, a não punição no Brasil deixou entulhos na vida cotidiana como a continuidade da ação violenta institucionalizada da Polícia Militar nas periferias brasileiras ceifando principalmente vidas da população jovem e negra.
A impunidade dos crimes cometidos na ditadura garantiu fôlego aos militares e permitiu os atos golpistas de 8 de janeiro orquestrados por Jair Bolsonaro, militares das Forças Armadas e setores conservadores.
Por isso, é uma atrocidade a política do governo Lula de não realização de eventos oficiais que lembrem os 60 anos do golpe militar. É uma barbaridade querer passar uma borracha nos crimes cometidos pelos militares na ditadura.
Sendo assim, atos políticos serão realizados nos dias 30 e 31 de março, e também no dia 1º de abril, para lembrar os 60 anos do golpe militar de 1964. Vamos às ruas lembrar para que isso não volte mais a acontecer, com o intuito de assumir e fortalecer a luta por Memória, Verdade, Justiça de forma independente.
Vamos exigir reparação às vítimas da ditadura, com anistia daqueles que ainda não foram reparados; prisão imediata para Bolsonaro e todos os golpistas. Sem anistia ou conciliação com tais golpistas!
Para que não se esqueça, para que não mais aconteça. Ditadura Nunca Mais!
Atos
São Paulo (SP)
4ª Caminhada do Silêncio – 60 anos do golpe militar de 1964: Para que não se esqueça!
– Dia 31 de março, domingo, às 16h, concentração no antigo DOI-CODI
Desfile do Cordão da Mentira com o tema “De golpe em golpe: Tá lá um corpo estendido no chão”
– Dia 1º de abril, segunda-feira, com concentração às 17h, na Rua Maria Antônia, 294 (próximo ao metrô Mackenzie)
Belo Horizonte (MG)
Sem anistia! Ditadura nunca mais!
– Dia 1º de abril, segunda-feira, às 16h, em frente ao prédio do antigo DOPS, na Av. Afonso Pena, nº2351, no Centro
Salvador (BA)
Caminhada do Silêncio – ’60 anos do golpe militar de 1964: Lembrar para não esquecer!
– Dia 1º, segunda-feira, às 15h, concentração na Praça da Piedade
Rio de Janeiro
60 anos do golpe: Ditadura nunca mais!
– Dia 1º de abril, segunda-feira, às 15h, concentração em frente do prédio do antigo DOPS
Belém (PA)
60 anos do golpe de 1964: Ditadura nunca mais!
– Dia 31 de março, domingo, às 9h, na Praça da República
Recife (PE)
Ato público de desagravo ao povo brasileiro e de repúdio ao golpe cívico-militar de abril de 1964
– Dia 1º de abril, segunda-feira, às 15h, no Memorial Jonas e Ivan, em frente ao Edifício JK, na Av. Dantas Barreto
Natal (RN)
Ditadura nunca mais!
– Dia 1º de abril, segunda-feira, às 16h, na Praça Pedro Velho (Praça Cívica), no bairro Petrópolis
Criciúma (SC)
Ditadura nunca mais!
– Dia 30 de março, sábado, às 10h, no Monumento dos Desaparecidos Políticos, na Av. Universitária, Praça Santa Luzia, no bairro Santa Luzia
Macapá (AP)
Debate público: “O golpe militar de 1964, o retrocesso de direitos no Brasil e a luta do movimento sindical”
– Dia 1º de abril, segunda-feira, às 19h, na sede do Sindesaúde, localizado na Av. FAB, nº 1070, no Centro