Trabalhadores da Educação do Piauí aprovam greve contra política de arrocho salarial de Rafael Fonteles (PT)

Os trabalhadores da Educação estadual do Piauí decidiram, em assembleia geral realizada quarta-feira, deflagrar greve a partir da próxima segunda (24). A categoria rejeita a política de arrocho salarial imposta pelo governo de Rafael Fonteles (PT) e exige o cumprimento de pautas históricas, como reajuste salarial digno, melhores condições de trabalho e o fim do desmonte da educação pública.
A decisão foi tomada após meses de negociações infrutíferas com o governo estadual, que se recusa a atender às reivindicações dos profissionais da educação e que amargam perdas inflacionárias de mais 60% nos últimos anos.
Yara Ferry, professora e representante da oposição sindical “Educação Conlutas”, reforçou o chamado para a greve e destacou a importância da união da categoria:
Estamos diante de um governo que prioriza os interesses dos grandes grupos econômicos, em detrimento da educação pública e dos trabalhadores e trabalhadoras. A greve não é apenas uma luta por salários dignos, mas uma defesa intransigente da educação pública de qualidade. Não podemos aceitar o arrocho salarial e o desmonte das nossas conquistas. É hora de parar o estado e mostrar que, sem educação, não há futuro. A greve é o nosso grito de resistência!
Segundo Yara, o governo segue desrespeitando a lei do piso, ao não aplicar o reajuste previsto de 6,27% no conjunto da categoria. “O percentual da lei do piso vem sendo aplicada apenas para professores das classes A e B. Ou seja, 95% da categoria vem sofrendo com o achatamento salarial porque o percentual anual da lei do piso não é aplicado para toda a categoria, o que é um verdadeiro absurdo”, disse.
A greve terá início na segunda-feira (24/02), com atos e mobilizações em frente à Secretaria de Educação e ao Palácio de Karnak, sede do governo estadual. Os trabalhadores convocam a população piauiense a apoiar a luta em defesa da educação pública e contra os retrocessos impostos pelo governo
A luta é por salário, por condições de trabalho e por uma educação pública de qualidade!
Greve geral a partir de segunda-feira (24/02)!