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Polícia Municipal: Com apoio de vereadores do PT, Nunes reforça genocídio racista em São Paulo

Israel Luz

17 de março de 2025
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A nova Polícia Municipal anunciada pelo governo da cidade de SP

Nesta quinta-feira, 13 de março, a gestão Ricardo Nunes mudou o nome da GCM (Guarda Civil Metropolitana) para Polícia Municipal. A Câmara de Vereadores aprovou por ampla maioria o Projeto de Emenda à Lei Orgânica (PLO) 8/2017. Trata-se de um grave ataque à classe trabalhadora, pois avança na militarização da segurança pública em São Paulo (SP).

A proposta não é nova, mas ganhou força após recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de permitir às guardas “prevenir, inibir e coibir infrações penais ou administrativas e atos infracionais” sem, contudo, definir isso concretamente.

Os governos capitalistas apostam em falsas soluções na segurança “pública”. A GCM, inclusive, há anos é exemplo disso: basta ver as operações desastrosas na Cracolândia que nunca chegam perto de solucionar os problemas sociais na região. Nas periferias, a juventude negra e indígena já leva enquadros absurdos da Guarda. Sem falar nas mortes de inocentes causadas por agentes, como a de Camilly Pereira de Lima, 17 anos, em 2024. Para piorar, Nunes não é o único prefeito que está criando uma polícia para chamar de sua: no Rio de Janeiro e outras cidades do país há processo semelhante em andamento.

Embora nos últimos anos grande parte da esquerda atribua a guerra aos pobres ao bolsonarismo, o fato é que todos os grandes partidos aplicam tal política. A criação da Polícia Municipal é mais um exemplo: os vereadores do PT Jair Tatto, Alessandro Guedes, João Ananias, Senival Moura, Dheison Silva, votaram a favor desse absurdo. De mãos dadas com gente como Lucas Pavanato, Janaína Paschoal, Adrilles Jorge, Amanda Vetorazzo, disseram sim ao genocídio racista.

A violência policial é questão de vida ou morte para a minoria rica. Não há outra maneira de manter sob controle uma massiva classe trabalhadora cada vez mais insatisfeita com a jornada 6×1, baixos salários, transporte público precário e um longo etc.

Junto das denúncias dos casos de violência do Estado e da organização popular nos bairros da periferia, nosso povo precisa lutar para tirar das mãos dos burgueses a arma que nos mata e a caneta que assina as leis contra nós.

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