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SC: Transfobia é crime, governador Jorginho! Em defesa da major Lumen Lohn e sua imediata reintegração ao quadro da PM!

Major Lumen Lohn, primeira oficial transgênero da Polícia Militar de Santa Catarina, foi aposentada de forma compulsória, recentemente

Ray Maria, de Florianópolis (SC)

12 de abril de 2025
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A major da PM em SC Lumen Lohn | Foto: Divulgação

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), assinou a transferência da major Lumen Lohn para a reserva remunerada, alegando ‘não habilitação para o acesso em caráter definitivo‘.

O processo de aposentadoria compulsória iniciou em 2022, após Lumen ser recusada três vezes para promoção a tenente-coronel, coincidindo, convenientemente, com o início de sua transição de gênero. Lumen expressou choque com a decisão, alegando que seguiu trabalhando durante o curso do processo. Disse:

Para quem estava ali, parecia que o processo era inútil e uma perda de tempo porque eu continuei trabalhando, interagindo com os oficiais do Conselho. Eu fiquei chocada com o resultado e mais chocada ainda por ter sido unânime. Eles estão me mandando embora sem razão. A argumentação é o fato de eu não ter sido promovida.

Não, Lumen, há uma razão muito clara para estarem te mandando embora: transfobia!

O governo reacionário de Jorginho Mello zomba da vida de pessoas trans, as trata como lixo, e o comando da Polícia Militar é, como sempre, conivente.

Ao em vez de termos uma segurança pública que proteja os trabalhadores, principalmente das camadas mais marginalizadas, o que temos são capatazes dos grandes ricos, distantes das necessidades reais da classe trabalhadora e que protegem somente os exploradores da força de trabalho, a burguesia.

Nós do PSTU e do Coletivo Rebeldia defendemos uma polícia que não seja militar, mas sim, popular. Subordinada somente ao povo. A estrutura rígida e hierárquica, herança da lógica militar, não condiz com a função policial em um Estado dito democrático, que deve priorizar a mediação de conflitos e a proteção da cidadania, e não a repressão.

Defendemos reformular os currículos de formação dos policiais, incluindo mais conteúdos sobre direitos humanos, diversidade, justiça racial e relações comunitárias. Incentivar a presença de mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+ e outros grupos sub-representados na PM, com respeito à identidade e dignidade desses profissionais. Fortalecer os mecanismos de transparência, como dados públicos sobre abordagens, prisões, uso da força e mortes em intervenções policiais.

Em defesa da Major Lumen Lohn e em denúncia ao governo reacionário de Jorginho e do cinismo da PM é preciso que protestemos e nos organizemos enquanto classe trabalhadora.

— Pela revogação do processo contra a Major Lumen!
— Pela desmilitarização da PM, já!
— Transfobia é crime! Basta de preconceito e opressão!

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