“A UERJ ocupou!”: Estudantes dão início à greve de ocupação
Os estudantes exigem a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (AEDA) — 038, nomeado "AEDA da fome"
Na noite desta quarta-feira (14), estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) deram início à greve de ocupação aprovada na última assembleia geral dos estudantes. A mobilização estudantil exige a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (AEDA) — 038, nomeado “AEDA da fome”, já que corta políticas de permanência, implementado pela reitora Gulnar Azevedo e seu vice-reitor Bruno Deusdará.
O AEDA da fome, imposto arbitrariamente durante as férias do meio do ano, revisou os termos da assistência estudantil da universidade, restringindo ainda mais o acesso da juventude em vulnerabilidade social às políticas de permanência estudantil.
No estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro e seu governo de ultradireita agem de forma a garantir o projeto de sucateamento e desmonte da educação pública — reforçam o subfinanciamento em que a UERJ encontra-se há mais de 10 anos. Enquanto isso, o setor privado enriquece às custas dos mais pobres do estado. Os ataques não param por aí! Nomeado por Cláudio Castro neste ano, Anderson de Moraes é secretário de Ciência e Tecnologia no Rio de Janeiro, o deputado já propôs a extinção e a privatização da universidade.
A comunidade uerjiana e as categorias que a compõem sofrem com diversos ataques que apenas beneficiam os mais ricos e que aprofundam cada vez mais a barbárie capitalista a que estamos submetidos.
Os trabalhadores terceirizados da empresa Conquista enfrentam atraso salarial mês a mês, os docentes e técnicos da universidade também tiveram seus direitos atacados e auxílios cortados — e seguem na luta pelo pagamento da recomposição salarial.
O que a reitoria de Gulnar faz perante tamanhos absurdos e ataques? Aplica o projeto de Castro na nossa universidade! A reitora assina embaixo e decreta o processo de desmonte da UERJ que abre espaço para projetos de privatização, não enfrenta o governo de ultradireita para que a nossa universidade tenha o orçamento que merece, mas sim ataca os direitos da juventude pobre e trabalhadora. Em detrimento de muitos, escolhe proteger os privilégios de um punhado de ricaços, que cortam cada vez mais da educação.
— Pela revogação imediata do AEDA 038!
— Por uma UERJ combativa, que enfrente os projetos nojentos que a ultradireita gesta para a juventude da classe trabalhadora!
— Todo apoio à justíssima luta travada na UERJ! Todo apoio à greve estudantil!
— Fora Cláudio Castro!