Meio ambiente

Alerta! Governo Zema e CSN Mineração promovem um verdadeiro ataque contra Congonhas, o meio ambiente e seu povo!

PSTU-MG

14 de agosto de 2024
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Mina Casa de Pedra, em Congonhas Foto CSN
Rafael Ribeiro de Ávila (Duda) e Alípio Santos, operários da Mineração e pré-candidatos à Prefeitura de Congonhas pelo PSTU
Ganância e autoritarismo resumem a ação adota pelo Governo de Romeu Zema, do Partido Novo, ao publicar em 13 de julho o Decreto Nº 496 de 2024 que declara de utilidade pública para desapropriação, uma área de 261 hectares para expansão do complexo minerário da CSN no município de Congonhas, região central de Minas Gerais. Segundo o Decreto, “a declaração de utilidade pública (…) se estende às benfeitorias porventura existentes nos terrenos”. Sem qualquer diálogo com as comunidades atingidas, Zema utiliza de seu posto para atender aos interesses dos bilionários capitalistas da mineração, fazendo das instituições do Estado um verdadeiro balcão de negócios dos donos do poder.
Ainda segundo o Decreto “os terrenos (…) são necessários à expansão da Mina Casa de Pedra, com a implementação da Pilha de Rejeito Filtrado Sul Maranhão 1”. Para se ter uma ideia do que isso significa, atualmente metade dos 304 km2 de território da cidade estão nas mãos das empresas da mineração (Vale, CSN, Gerdau e Ferro +) em uma relação de exploração predatória que traz doenças, destruição do ecossistema e das comunidades em troca de salários rebaixados e trabalhos precarizados. Como verdadeiro parasitas, levam a riqueza mineral da cidade, exploram seus trabalhadores e deixam um rastro de destruição.
Esta ofensiva da empresa ocorreu depois que, no fim de maio, a Câmara de Atividades Minerárias (CMI) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) aprovou a ampliação das pilhas de rejeitos “Fraile”, também da CSN Mineração, viabilizando o estoque de material em duas pilhas, que devem ultrapassar 200 metros de altura, acumulando 77 milhões de m³ de rejeito seco da mineração.

É preciso unificar a luta e mobilizar o povo contra a expansão desse modelo de mineração que explora e destrói

A empresa e seus aliados tentarão convencer que suas medidas são proveitosas para a região, gerando empregos e trazendo prosperidade para as cidades, e vendendo ilusões como sempre fazem para ludibriar o povo e colocar de joelhos os governos locais. Essas mentiras cairão por terra, como todas as outras que já foram ditas por eles ao nosso povo trabalhador.
Em resposta, além da denúncia de mais esse projeto que visa ampliar os ganhos dos banqueiros donos das grandes empresas do setor, em detrimento das condições de vida das comunidades atingidas, é preciso unificar as comunidades e todo povo trabalhador que sofre com os desmandos das empresas tendo os governos como cúmplices, para barrar essa nova ofensiva e defender um novo modelo de mineração, sob controle operário e popular, e que seja base para um projeto de cidade e de país, justo, igualitário e que respeite o meio ambiente. Um país socialista. O PSTU está a serviço dessa luta!