Amapá: Trabalhadores da saúde irão paralisar nesta quarta-feira, dia 30/4
O PSTU emite todo apoio e solidariedade aos trabalhadores da saúde que se enfrentam com a política de desmonte do governador Clécio Luís (Solidariedade)
Os trabalhadores da saúde do Amapá irão paralisar nesta quarta-feira, dia 30/4, em defesa da data-base, contra o reajuste zero do governador Clécio Luís (Solidariedade). Os trabalhadores também denunciam a política de desmonte da saúde pública imposta pelo governador, que tinha levado à falta de leitos, de exames, de médicos e às perseguições aos servidores públicos.
A paralisação vai acontecer das 9h às 21h, com concentração em frente ao Hospital de Emergência (HE).
Em carta divulgada à população, o Sindesaúde Amapá (sindicato da categoria) explica os motivos da paralisação:
– Expulsão dos hospitais: o governador tem contratado diversas empresas privadas e tem expulsado os servidores da saúde de seus postos de trabalho para implementar a terceirização;
– Humilhação e desrespeito: servidores efetivos, aprovados em concursos, foram retirados de suas funções, alguns passaram a atuar como porteiros e recepcionistas. Trabalhadores experientes foram removidos de setores essenciais como UTI;
– Cortes nos salários: com a expulsão de seus postos de trabalhos, os trabalhadores sofreram cortes nos salários, com perdas dos plantões extras e do adicional noturno;
– Assédio moral: soma-se a isso a intensificação da prática de assédio moral sobre os trabalhadores;
– Fim do concurso público: com a terceirização, o governo não realizou mais concurso. A terceirização tem substituído os trabalhadores efetivos por contratações sem transparência e sem a garantia dos direitos trabalhistas;
– Sucateamento dos hospitais: as unidades de saúde encontram-se com as estruturas deterioradas, enquanto isso, milhões de verbas públicas são repassados para empresas privadas através da terceirização;
– O pior salário do serviço público: os trabalhadores da saúde têm os salários mais baixos de todo o serviço público estadual do Amapá;
– Reajuste zero: a categoria reivindica o reajuste de 4,83% referente ao IPCA da data-base. Junto isso, cobra do governo o pagamento de 35,53% das perdas salariais divididos em três anos (2025-2027) e mais 0,70% que não foram incorporados na gratificação de atividades de saúde, a GAS. A proposta do governo é reajuste zero. Durante a pandemia da covid-19 os trabalhadores da saúde eram chamados de heróis, mas é dessa maneira que o governador Clécio Luís trata quem dedica à vida à população.
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Todo apoio à greve!
O PSTU emite total apoio e solidariedade à paralisação dos trabalhadores da saúde do Amapá. Estamos lado a lado nessa luta. Dia 30, junto com o Sindsaúde e a CSP-Conlutas, estaremos juntos na porta do HE a partir das 9h.
É preciso derrotar a política de terceirização do governador Clécio Luís que vem entregando um direito básico da população, uma responsabilidade do Estado, para a iniciativa privada. Saúde não é mercadoria!
Defendemos a saúde pública, gratuita, de qualidade. Verbas públicas para a saúde pública! Fim das terceirizações!
Pela valorização dos trabalhadores da saúde! Reajuste dos salários, reparação das perdas e melhores condições de trabalho!
1º de Maio
No 1º de Maio, Dia do Trabalhador, também vamos às ruas lutar pelas pautas históricas da classe trabalhadora. O PSTU estará nos atos classistas, internacionalistas e independentes de governos e patrões que estão sendo convocados pela CSP-Conlutas e diversas organizações políticas e entidades sindicais, estudantis, populares.
Em Macapá, o ato será realizado a partir das 9h, na Praça Floriano Peixoto, no Centro.
