BH: Wanderson Rocha é única candidatura a favor dos trabalhadores e do povo pobre
Gustavo Machado e Beto Martins, de Belo Horizonte (MG)
No cenário eleitoral da capital mineira, temos Mauro Tramonte (Republicanos), que carrega a bênção do bilionário da fé Edir Macedo e é apoiado pelo ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD). Nesse mesmo bloco temos aquele que, até outro dia, era aliado de Kalil e vice em sua chapa: o atual prefeito Fuad Noman (PSD). Fuad conta com o apoio e financiamento de uma parcela considerável dos bilionários locais, liderados por Rubens Menin, o magnata por trás da MRV Engenharia, da Rádio Itatiaia e da CNN.
Disputando uma vaga no segundo turno com eles, temos Bruno Engler (PL), representante do bolsonarismo. Engler recebe apoio financeiro de Ricardo Guimarães, CEO (Diretor Executivo) do Banco BMG, além da bênção de Nikolas Ferreira (PL).
Temos ainda a candidatura de Rogério Correa (PT), em aliança com o PSOL, cujo desempenho, até aqui, não ultrapassa 5% dos votos, tal como ocorrera com as candidaturas petistas de Nilmário Miranda, em 2020, e Reginaldo Lopes, em 2016.
PSTU na luta por uma cidade controlada pelos mais explorados
Longe de representar uma alternativa verdadeiramente distinta das anteriores, em Belo Horizonte, o papel do PT se revela de forma nítida. Isso porque esse partido apoiou os três últimos prefeitos da capital mineira: Marcio Lacerda, Kalil e Fuad.
Pressionando a candidatura petista, temos Duda Salabert (PDT), que tenta insistentemente atrair o outrora eleitorado petista. Não por acaso, muitos setores começam a ensaiar a defesa de um voto “útil” em Fuad, para supostamente derrotar Tramonte ou Engler.
Nesse cenário, a candidatura de Wanderson Rocha do PSTU é a única capaz de apresentar uma alternativa de poder e apontar para as mudanças estruturais de que o município precisa, de modo a atender as necessidades de sua população, em particular dos setores mais explorados, oprimidos e empobrecidos.
Um horizonte não tão belo
Uma cidade ‘organizada’ pelo mercado e a especulação
Belo Horizonte serve de balcão de negócios, sede e centro financeiro de empresas do setor minerário, siderúrgico e imobiliário; tais como ArcelorMittal, Anglo Gold, Usiminas, MRV, Localiza, BMG, Banco Inter.
Além disso, a cidade cresceu de forma desordenada e não planejada, com uma divisão rígida do trabalho que descolou os setores produtivos para a sua Zona Metropolitana. Diante desse quadro, vários problemas se somam e se potencializam.
Temos a ocupação irracional do território relativamente pequeno do município. Esse processo alimenta a especulação imobiliária, trazendo fortunas para empresas como MRV, Andrade Gutierrez, Direcional Engenharia e Mundy. Ao mesmo tempo, centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras têm que se locomover entre cidades para acessar o local de trabalho e suas respectivas casas.
Enquanto isso, o metrô da cidade, se é que podemos chamá-lo por esse nome, foi privatizado e a prefeitura destina fortunas em subsídios ao precário transporte público.
A capital da desigualdade e da exploração
Ao fim de 2023, Belo Horizonte possuía quase 1 milhão de trabalhadores informais e sem emprego. Segundo os dados do Ministério do Trabalho (RAIS), de todas as capitais do Brasil, a capital mineira está em quarto lugar dentre aquelas que o trabalho formal menos evoluiu nos últimos 20 anos.
Enquanto isso, as 50 maiores empresas possuem um faturamento superior a R$2,5 bilhões, totalizando R$ 466 bilhões. Segunda a revista norte-americana “Forbes”, Belo Horizonte tem 18 bilionários que, juntos, acumulam uma fortuna de R$ 40 bilhões. Todos de poucas famílias: Menin (MRV), Mattar (Localiza), Constantino (Gol e Metrô-BH).
Já a massa salarial total dos cerca de 1,2 milhões de trabalhadores assalariados de BH é quase 7 vezes menor que a fortuna deles.
Enquanto as alternativas tipicamente de direita propõem responder a esse dilema com o mesmo remédio – deixando trabalhar o mercado capitalista que criou esse caos no município –, as alternativas ditas de esquerda procuram, em vão, administrar o caos.
Em BH, desta vez é 16
Construindo uma alternativa socialista e revolucionária
Por isso, a candidatura do PSTU é necessária. É preciso taxar as grandes fortunas. Padronizar o preço dos imóveis e terrenos do município, conforme sua qualidade, espaço e localização. Distribuir os empregos existentes entre todos que estão disponíveis para trabalhar. Submeter a administração do município a conselhos formados pelos trabalhadores, moradores diretamente impactados. Não pelos critérios da especulação e do mercado capitalista.
Nossos candidatos são socialistas e revolucionários. São trabalhadores negros, mulheres, jovens e LGBTI+. São parte da população que sofre com as mesmas mazelas que a enorme maioria do povo da capital mineira. São eles: Wanderson Rocha, para prefeito, e Andrea Carla, vice; Vanessa Portugal, Flávia Silvestre, Bárbara Guimarães, Max Moll, Marcelo Bento e Jorge Prado (vereadores).
Companheiros e companheiras que apresentam um programa voltado para o futuro de nossa cidade, um futuro socialista onde os trabalhadores, junto com os oprimidos e a juventude, possam decidir onde alocar os recursos da cidade por meio de Conselhos Populares.