Lutas

Brasília: Servidores públicos federais marcham contra a política de reajuste zero do governo Lula

Professores e/ou técnicos-administrativos de 48 universidades e 71 institutos federais estão em greve

Redação

17 de abril de 2024
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‘Jornada de Lutas’ está sendo realizada desde ontem (16) e segue até amanhã (18) | Foto: PSTU-DF

Servidores públicos federais marcharam na manhã de hoje, dia 17, pelas ruas da capital federal contra a política de reajuste zero imposta pelo governo Lula (PT). Mobilizações também foram realizadas nos Estados, como parte da ‘Jornada de Lutas’ convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

Professores e técnicos-administrativos das universidades federais, assim como dos institutos federais estão em greve. São ao menos 48 universidades e 71 institutos federais paralisados contra a enrolação do governo e a permanência de uma proposta de reajuste zero aos servidores federais. Essa política é parte do arcabouço fiscal que arrocha os salários e corta verbas das universidades para garantir o pagamento dos juros da dívida pública aos banqueiros.

“As greves e as mobilizações é uma resposta a essa política que vem sendo imposta pelo governo Lula de reajuste zero. O arcabouço fiscal veio para fazer controle sobre os gastos do governo. Nesse sentido, há uma liberação de recursos para o pagamento da dívida pública, que consome hoje metade de toda a arrecadação do país. O governo fez investimentos no agronegócio, setor que ataca o meio ambiente e persegue as populações indígenas e quilombolas, e no setor industrial, mas nega reajuste aos nossos salários. A resposta é a luta, a mobilização, a greve”, afirma Paulo Barela, servidor público federal, militante do PSTU e membro da executiva nacional da CSP-Conlutas.

“É necessário avançar na unidade dos servidores públicos federais. Para além do setor da educação, que está muito forte na greve, é importante avançar no processo de mobilização nos outros setores do funcionalismo público. O setor da educação federal em greve está dando as diretrizes, está mostrando que é possível construir mobilizações e responder na luta essa política de ataques do governo Lula, que responde aos interesses da burguesia e dos grandes empresários, enquanto vira as costas aos servidores públicos”, finaliza Paulo Barela.

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