Cláudio Castro não foge à regra: mais um governador do Rio afundado na corrupção
Violência e intransigência com os trabalhadores e o povo pobre
Cláudio Castro tem ganhado notoriedade pelo apoio explícito à escalada de violência policial nas comunidades e favelas do Rio. O que se tem visto no estado, em especial na cidade do Rio, é um aumento vertiginoso da violência policial.
Para se ter uma ideia, a polícia do Rio de Janeiro foi responsável por 29,7% das mortes violentas ocorridas em 2022; em número redondos, 1327 pessoas foram assassinadas pela polícia. Um terço de todas as mortes violentas. Esses dados foram divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) no dia 19 de janeiro de 2023.
Da mesma forma, o número de operações policiais mais que dobraram neste segundo mandato do governador. É a velha lógica da guerra às drogas, mas que, na verdade, é guerra à pobreza, às comunidades e ao povo negro, que não apenas não resolve nenhum dos problemas que diz combater, mas que tem servido para ajudar as milícias a tomarem territórios em todo o estado.
Se Cláudio Castro é violento com a pobreza, é truculento e intransigente com os funcionários públicos. Os trabalhadores da educação que o digam. Em uma greve heroica, há mais de 15 dias a categoria reivindica apenas que se aplique a lei, neste caso, que se cumpra o piso nacional da educação, já votado e aprovado, mas que o governador se vê no direito de não cumprir.
Envolvimento em casos de corrupção
Essa intransigência toda, no entanto, não releva mais que uma das faces do governador. Cláudio Castro deu um salto em sua carreira política ao ser vice de Witzel, o juiz envolvido em esquemas de corrupção com contratos médicos em plena pandemia. Castro conseguiu sair ileso dessa, mas tem seus próprios casos para se preocupar.
Marcus Vinícius, delator em processos por corrupção, afirmou que Castro recebeu propina em 2017, quando era vereador, por contratos da prefeitura. Mais recentemente o governador teria participado de um esquema de corrupção envolvendo a Fundação Leão XIII, órgão do governo do estado responsável pela política de assistência social. O governador tentou anular as duas delações, mas o STF negou os pedidos.
Além disso, Cláudio Castro também é suspeito de estar envolvido em casos de corrupção que envolvem a UERJ e estão sendo investigados.
Basta de violência! Basta de corrupção! É preciso derrotar o projeto genocida de Cláudio Castro!
Cláudio Castro precisa ser derrotado. Ele representa uma política genocida para com os pobres que vivem nas comunidades, em especial para com a juventude negra.
Representa a destruição final dos poucos serviços que o estado oferece, como saúde e educação, cada vez mais precarizados, ao mesmo tempo em que é conivente com uma situação de abandono e sucateamento do transporte metroferroviário privatizado.
Junto com tudo isso, Cláudio Castro é, como boa parte dos políticos e da burguesia carioca, corrupto!
É preciso investigar todos os casos de corrupção que envolvem o governador. Punir exemplarmente todos os envolvidos. Expropriar os bens de corruptos e corruptores. Estatizar sob controle dos trabalhadores as empresas envolvidas e colocar todos eles na cadeia.