Curitiba (PR): PSTU repudia a tentativa de cassar o mandato da Professora Ângela

O PSTU repudia a tentativa da Câmara Municipal de Curitiba de cassar o mandato da vereadora Professora Ângela (PSOL). Atualmente, ela é alvo de um processo por suposta quebra de decoro parlamentar após a realização da audiência pública ‘Sistema de Segurança Pública, Saúde e Políticas de Drogas para a Cidade de Curitiba’, realizada em 5 de agosto de 2025.
Na ocasião, um folder foi confeccionado e distribuído pelo seu mandato, divulgando e apresentando uma estratégia de redução de danos — abordagem reconhecida em diversos países e respaldada por psicólogos, médicos e pela comunidade científica em geral.
Esse material, no entanto, teve seu conteúdo distorcido e foi utilizado para acusar injustamente a professora de fazer apologia ao uso de drogas e ao crime. É importante ressaltar que a redução de danos é um eixo estrutural das políticas de saúde mental no país, aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde.
A tentativa de cassação representa uma afronta direta às poucas liberdades democráticas que ainda restam, além de demonstrar, na prática, como a questão da saúde é tratada dentro da Câmara Municipal de Curitiba.
Os vereadores permitem que um parlamentar acusado de nepotismo siga impune e, ao mesmo tempo, “passam pano” para outro que chegou a exaltar a Ku Klux Klan (KKK) em sessão plenária. Em 22 de abril deste ano, o vereador Eder Borges chegou a afirmar que a organização racista teria sido “uma resposta dos brancos ao empoderamento dos negros, que estavam se armando”. Mesmo após a abertura de processos contra ele, o vereador segue com seu mandato intacto e protegido, pois faz parte da base conservadora que sustenta o prefeito Eduardo Pimentel.
Câmara de Curitiba: sem moral e despreocupada com os problemas dos trabalhadores
Essa gente não tem moral para nada!
Para se ter uma ideia, o corregedor do processo contra a vereadora teve, nos últimos dias, seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por fraude nas cotas de gênero.
Por essas e muitas outras razões, denunciamos veementemente essa tentativa de cassar o mandato da Professora Ângela.
Ainda que o processo eleitoral brasileiro seja profundamente antidemocrático, a vereadora foi eleita por um setor da sociedade curitibana. Portanto, somente o povo que a elegeu tem o direito de decidir sobre seu mandato.
Enquanto esses canalhas se preocupam em “caçar likes”, a população de Curitiba sofre com a falta de vagas em creches, ônibus lotados, postos de saúde sobrecarregados e a jornada 6×1, que consome o pouco que resta de sanidade mental dos trabalhadores. Enquanto a prioridade da Câmara é “lacrar” nas redes, os problemas reais da classe trabalhadora seguem sendo ignorados.