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Eleições 2024: PSTU lançou pré-candidaturas de Geraldo e Yara para prefeitura de Teresina

O evento foi realizado no auditório da Adufpi na noite desta sexta-feira (19)

PSTU-PI

20 de abril de 2024
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Geraldo Carvalho é professor da UFPI; Yara Ferry é professora da rede básica estadual | Foto: PSTU-PI

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) fez o lançamento das pré-candidaturas de Geraldo Carvalho e Yara Ferry à prefeito de Teresina e vice, respectivamente. O evento foi realizado no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi) na noite desta sexta-feira (19), contando com a presença de filiados, militantes e ativistas de diversos movimentos sociais.

“Nossas pré-candidaturas têm um perfil nitidamente de independência de classe, de oposição de esquerda ao governo Lula, à gestão estadual de Rafael Fonteles (PT) e ao prefeito Dr. Pessoa (PRD) dentre outras candidaturas de direita e da frente ampla. É uma pré-campanha construída com a classe trabalhadora, com os ativistas dos movimentos sociais e da juventude, para que a gente possa diagnosticar os problemas de Teresina e apresente uma saída, atendendo as demandas dos trabalhadores e trabalhadoras, dos estudantes, e do povo pobre”, afirmou Geraldo Carvalho. Ele é professor da UFPI, ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí na década de 1990, e ex-dirigente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes SN).

“Desde já, nossas candidaturas se colocam à disposição dos setores em luta, e ao mesmo tempo fazemos a defesa de um projeto socialista para Teresina. Os problemas da cidade não podem ser solucionados pelo capitalismo. Desemprego, baixos salários, miséria, precarização e privatização de serviços públicos, problemas ambientais e opressões são vividos em todo o Brasil e também no mundo, porque é isso que o capitalismo tem a oferecer para a classe trabalhadora: crises, fome, degradação ambiental, guerras, pandemias, racismo, machismo, lgbtfobia e xenofobia. Nossa caminhada eleitoral serve para discutir e propor soluções para os problemas mais imediatos vividos pelos trabalhadores, juventude e povo pobre, mas também alertamos que só podemos definitivamente avançar na construção de uma cidade melhor e com conquistas duradouras se superarmos o capitalismo e construirmos uma sociedade socialista, no Brasil e no mundo, onde a classe trabalhadora efetivamente governe, sem patrões”, disse Geraldo Carvalho.

“Vamos, portanto, fazer o enfrentamento contra os governos e candidaturas da frente ampla, mas sem recuar em nenhum milímetro na luta contra a direita e extrema-direita. Se a ultradireita tem ganhado espaço na sociedade, os governos de frente ampla e os partidos reformistas têm grande culpa nisso. No Piauí, o pré-candidato da frente ampla do PT a prefeito de Teresina, por exemplo, tem um negacionista e um anti-vacina como vice, e que foi apoiador de Bolsonaro. Só com independência de classe e com a luta direta temos como combater a extrema-direita”, completou Geraldo.

O lançamento contou com a presença de filiados, militantes e ativistas dos movimentos sociais | Foto: PSTU-PI

A atividade foi prestigiada por trabalhadores e trabalhadoras que estão em greve no momento ou em mobilização contra a política de arrocho do governo Lula, como servidores e professores do Instituto Federal do Piauí (Ifpi), UFPI, Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Também contou com a presença de trabalhadores e trabalhadoras da educação municipal em greve em defesa do que é devido através da “Lei do Piso”, além de docentes da Universidade Estadual do Piauí, que estiveram recentemente em greve.

Yara Ferry, professora da rede básica estadual, que organiza a oposição “Educação com Lutas” , milita no Movimento Mulheres em Luta e dirigente da Executiva Estadual da CSP-Conlutas Piauí, ressaltou que o lançamento da pré-candidatura aconteceu no 19 de abril, dia dos povos indígenas. “Os povos indígenas, assim como os quilombolas, ribeirinhos e quebradeiras de coco e pequenos agricultores familiares e sem-terra, sofrem as consequências do avanço do agronegócio, das mineradoras e das energias ditas verdes. Tais projetos econômicos, apoiados pelos governos Lula, Rafael e prefeitos, além de expulsar o povo do campo, provocam gravíssimos problemas ambientais. O capitalismo não nos oferece um futuro, uma garantia de vida digna, com emprego, direitos, e condições de vidas realmente sustentáveis. Só o socialismo pode deter o projeto de barbárie em curso, acabar com a exploração sobre a classe trabalhadora e acabar com as opressões como o racismo, o machismo e a lgbtfobia. O PSTU se propõe a construir a luta da classe trabalhadora contra a exploração e as opressões, ao mesmo tempo em que defende o projeto revolucionário de construção do socialismo”, disse Yara Ferry.