Lutas

Entregadores de aplicativos realizam forte greve nacional por melhores condições de trabalho

Redação

3 de abril de 2025
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Os dia 31 de março e 1º de abril foram marcados por uma forte greve nacional dos entregadores de aplicativos. O “Breque dos Apps” teve um impacto enorme nos serviços de entrega. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP), de acordo com o jornal “O Globo”, estimou que as entregas via delivery caíram 100% nas empresas que dependem exclusivamente das plataformas, como o Ifood e Rappi.

Restaurantes que operam em mais de uma plataforma sentiram impacto menor, mas ainda relevante, com queda no volume de pedidos entre 70% e 80%, considerando a demanda de uma segunda-feira comum. Já os estabelecimentos que entregam seus próprios pedidos, sem demandar entregadores de plataformas, registraram aumento de até 50% na demanda.

Foram dois dias de greve, com adesão em dezenas cidades. O breque foi organizado pelos entregadores, via grupos de WhatsApp e redes sociais, e conseguiu a adesão em 20 estados, segundo os organizadores, afetando plataformas como Ifood, Uber Flash e 99 Entrega, em cerca de 60 cidades pelo país.

Reivindicações

Os entregadores de aplicativos reivindicam o reajuste da taxa mínima (de R$ 6,50 para R$ 10,00 por entrega); aumento das despesas por milhas rodadas (de R$ 1,50 para R$ 2,50); limitação das rotas de bicicleta (máximo de 3 km por pedido) e pagamento de taxa integral por entrega, ou seja, que cada entrega seja paga integralmente, sem cortes que consideram arbitrários, quando há múltiplos pedidos no mesmo trajeto.

No “Breque dos Apps”, os trabalhadores usaram faixas e cartazes destacando o modelo de trabalho e a forma de remuneração aplicada pelas plataformas aos entregadores. Os manifestantes usam o termo “escravidão moderna”, como forma de intitular a relação.

Fabiano Lima, motoboy em Fortaleza (CE), afirmou que “a causa é justa e o objetivo da mobilização é valorizar a classe”. “É uma luta em todo o Brasil. A gente quer melhoria nas taxas e condições de trabalho. Só assim os aplicativos vão entender”, afirmou Fabiano, durante o protesto em frente ao MC Donalds, em Fortaleza (CE).

Novo dia de luta

Apesar da forte paralisação, a reunião entre grevistas e representantes do Ifood, uma das principais empresas de aplicativos e que está no centro das reivindicações dos entregadores, terminou sem avanços.

Diante disto, os entregadores falam em organizar uma nova mobilização, no dia 2 de maio. A luta dos trabalhadores e trabalhadoras entregadores de aplicativos é mais do que justa e necessária! Todo apoio! A luta e a organização da categoria são os caminhos que podem garantir conquistas!

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