Estado de Israel ataca campo de refugiados em Rafah, queimando vivos mulheres e crianças
Ao menos 45 pessoas morreram em campo de refugiados da ONU em Rafah, maioria de mulheres e crianças; mais de 200 foram assassinados em outras áreas “humanitárias”
![](https://www.opiniaosocialista.com.br/wp-content/uploads/2024/05/rafah-e1716812377272.jpg)
Um bombardeio das forças armadas do Estado de Israel contra um campo de refugiados da UNRWA (Agência da ONU para Refugiados Palestinos), neste domingo, 26, no campo de Tal as-Sultan, na região de Rafah, sul de Gaza, mostrou, mais uma vez, o caráter genocida do Estado sionista, e o seu objetivo de impor uma “solução final” exterminando a população palestina.
As cenas de destruição que a própria ONU classificou como um “inferno na Terra”, chocam e remontam às cenas mais crueis de guerra, como os ataques de Napalm realizados pelos EUA na guerra do Vietnã, matando idosos, mulheres, crianças e bebês. Isso porque parte dos refugiados morreram queimados devido aos incêndios causados pelos bombardeios das forças sionistas.
As imagens de uma criança palestina decapitada também repercutiram, contrapondo-se às fake news disseminadas pelo Estado de Israel, de que palestinos haviam “decapitado bebês” em 7 de outubro. Neste domingo, porém, não eram fake news, mas a realidade de uma barbárie, documentada ao vivo para todo o mundo.
MASSACRE | Estado de Israel bombardeia campo de refugiados da ONU para os palestinos, a UNRWA, em Rafah, Gaza.
Ao menos 50 pessoas teriam morrido, grande parte queimadas vivashttps://t.co/0ortfgSnEx
— Opinião Socialista (@opsocialista) May 26, 2024
Ao menos 45 pessoas morreram neste ataque a Rafah, a maioria mulheres e crianças.
Leia também
Promotor do Tribunal Penal Internacional pede prisão para Netanyahu
Genocídio
Não é coincidência que as vítimas deste ataque do Estado de Israel tenham sido civis, mulheres e crianças. O Estado sionista, contrariando inclusive legislação internacional sobre conflitos, forçou o deslocamento da maior parte da população de Gaza para o sul. O próprio campo de refugiados em Rafah estava no que Israel classificava como uma “zona humanitária”.
A carnificina promovida pelo Estado de Israel neste domingo vem aumentando a onda de indignação contra o Estado sionista por todo o mundo. “Nunca esqueceremos as imagens de Rafah esta noite. Seres humanos, incluindo bebês, foram queimados vivos e dilacerados. Este genocídio deve acabar, deve terminar agora“, divulgou a organização Jewish Voice for Peace, entidade internacional judaica que se coloca contra o genocídio perpetrado em Gaza.
O massacre em Rafah ocorre dois dias após a Corte Internacional de Justiça do Tribunal de Haia ter determinado o fim de qualquer ataque em Rafah. Apesar disso, o Estado de Israel não só bombardeou o local, como realizou 60 ataques em 48h contra refugiados em diversas áreas, como Jabalia, Nuseirat e Gaza City, assassinando outras 160 pessoas.
Além dos bombardeios, a população de Gaza vem sofrendo com o cerco e o embargo imposto pelo Estado sionista. Há relatos de mortes de crianças por desnutrição, além da falta de suprimentos médicos, água, de higiene e todos os produtos de primeira necessidade.
Leia também
No aniversário da Nakba, o enfraquecimento dos inimigos da Palestina alimenta o sonho de libertação
Solidariedade internacional
O ataque aos campos de refugiados neste final de semana, e em especial a barbárie promovida em Rafah, reforça a importância da mobilização internacional pelo imediato cessar-fogo, o fim do genocídio e a luta contra o Estado genocida de Israel. É necessário ampliar o isolamento internacional do governo criminoso de Netanyahu e do Estado de Israel, e isso passa por exigir dos governos, incluindo, no Brasil, do governo Lula, o rompimento de todas as relações diplomáticas, comerciais e militares com esse Estado.
#PalestinaLivre#PalestinaWillBeFree Após 7 meses de #GenocidioPalestino a solidariedade cresce no mundo e os acampamentos universitários multiplicam-se apesar da repressão.
Neste domingo, 2 de junho, acompanhe-nos na live: A juventude do mundo apoia o povo palestino. pic.twitter.com/4ZHXKjplzz— LIT -CI (@LITCI) May 24, 2024