Mundo Árabe

Flotilha internacional de solidariedade à Palestina parte rumo à Gaza

Fabio Bosco

4 de setembro de 2025
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Em 31 de agosto, uma linda e emocionante manifestação tomou conta do porto de Barcelona, no Estado Espanhol, para celebrar a partida da “Global Sumud Flotilla” para Gaza. A flotilha reúne ativistas de 44 países. Vinte barcos saíram de Barcelona e outras embarcações se unirão à flotilha (saindo da Tunísia, da Itália e outros países no Mar Mediterrâneo), no dia 5 de setembro. A previsão é que cheguem à Gaza em 13 de setembro.

A delegação brasileira tem 14 participantes. A maioria são jovens, mas há ativistas de longa data, como é o caso do coordenador da Frente Palestina de São Paulo, Mohamad Kadri, e Magno de Carvalho, dirigente da CSP-Conlutas, única central sindical brasileira presente. Na delegação internacional, o destaque é a ativista sueca Greta Thunberg.

Símbolo do repúdio ao Estado genocida de Israel

O ministro israelense Itamar Ben-Gvir declarou que a Marinha israelense interceptará todos os barcos da flotilha e que todos os ativistas serão presos em prisões especiais, tratados como terroristas. Mesmo que os sionistas consigam deter todos os barcos, a flotilha já é vitoriosa.

Organizada por milhares de ativistas de vários países, a flotilha é parte de um movimento global de solidariedade ao povo palestino. As passeatas, acampamentos nas universidades, protestos em shows musicais e eventos esportivos se transformaram na maior onda de solidariedade aos palestinos, onda esta que está revelando aos povos de todos os países o caráter genocida do Estado de Israel.

O repúdio ao genocídio na Palestina é decisivo para deslegitimizar o Estado de Israel, preparando as condições para o fim do genocídio, passo importante para o objetivo maior: libertar a Palestina, do rio ao mar.

Manifestações de solidariedade

Barcelona se tornou um centro de solidariedade ao povo palestino. Há bandeiras palestinas em todas as partes. Durante o mês de agosto, houve manifestações contra o genocídio todas as quartas-feiras.

Além disso, a participação dos ciclistas israelenses na “Vuelta a España” (famosa competição de ciclismo no país) está gerando protestos em todos os lugares por onde passa. A presença da equipe israelense é considerada uma provocação, que legitima o genocídio e a limpeza étnica feitos pelo Estado racista de Israel.

Barcelona teve um papel muito importante durante a Guerra Civil Espanhola, contra os fascistas liderados pelo general Francisco Franco, desde os primeiros momentos da luta.

“O proletariado de Barcelona evitou a capitulação da República aos fascistas. Em 19 de julho, quase desarmados, eles tomaram os primeiros quartéis. Às 14h do dia seguinte, eles se tornaram os senhores de Barcelona (…)”, escreveu o marxista Felix Morrow, descrevendo o papel de Barcelona em 1937, no clássico “Revolução e Contrarrevolução na Espanha”.

Hoje, nada mais apropriado que a Flotilha da Liberdade parta para Gaza de uma cidade com esta tradição.

Na Palestina, os trabalhadores e camponeses pobres também enfrentam, com ou sem armas, a barbárie sionista, que é apoiada, direta ou indiretamente, por todas as potências imperialistas, pelos regimes árabes e pela Autoridade Palestina.

13 de setembro: todos às ruas pela Palestina

Manifestação em solidariedade à Flotilha e ao povo palestino, em Belo Horizonte Foto Geraldo Batata

Para coincidir com a chegada da flotilha à Gaza, em 13 de setembro, haverá manifestações em todo o mundo.
A Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-Quarta Internacional) e suas seções nacionais participam ativamente da imensa onda de solidariedade internacional, pelo fim do genocídio e rumo a uma Palestina livre, do rio ao mar.

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