Norte

Governador do Acre age com repressão e violência contra ativistas da causa ambiental

Manifestantes foram proibidos de se expressarem durante a 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores pelo Clima e as Florestas (GCF)

Redação

30 de maio de 2025
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Manifestação durante a 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores pelo Clima e as Florestas (GCF) | Foto: Reprodução Rede Amazônica Acre

| PSTU-Acre

Hoje completam-se oito dias que um protesto de ativistas ambientais foi interrompido com violência e agressão por determinação do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), durante a 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores pelo Clima e as Florestas (GCF),  que ocorreu no Teatro Universitário da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco. Entre os ativistas estavam presentes os militantes do PSTU.

Com cartazes contendo críticas às políticas ambientais estaduais, manifestantes gritaram palavras-de-ordem contra o governador, que, apesar de dizer combater o desmatamento, tem incentivado a expansão do plantio de soja no estado, contribuindo para o desmatamento. Faixas com as frases “O agro é morte” e “A floresta não se negocia”, os manifestantes denunciaram o que consideram um processo de destruição ambiental promovido pelo agronegócio na região.

O governador, ao invés de respeitar o direito de expressão e de manifestação, ordenou que os seguranças retirassem à força os ativistas. Socos, chutes e empurrões foram aplicados contra os manifestantes. Em um espaço no qual a voz da comunidade local deveria ser ouvida, reinou a violência, a repressão e o autoritarismo.  Um espaço que deveria ser de ampla e democrática participação popular, a sociedade foi excluída desde a convocatória, pois não se faziam presentes os representantes dos povos da florestas: indígenas, seringueiros, ribeiros e quilombolas. Isso porque a 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores pelo Clima e as Florestas (GCF) tinha o objetivo de discutir a consolidação do “desenvolvimento sustentável”. Uma reunião cúpula sem a participação da sociedade.

Manifestação pacífica foi tratada com violência e repressão | Foto: Reprodução Rede Amazônica Acre

Repúdio à violência e ao autoritarismo

A luta em defesa da Amazônia segue na ordem do dia e não vamos recuar. Os direitos dos povos e do meio ambiente é uma necessidade urgente. Repudiamos qualquer tentativa de silenciar as vozes que denunciam os retrocessos ambientais, o avanço do desmatamento, das queimadas, da grilagem, da pecuária extensiva e do agronegócio predatório.

Protestar, expressar nossas opiniões e pensamentos é um direito legítimo. Defender a Amazônia, os direitos dos povos e o futuro do planeta é uma necessidade urgente. Não vamos aceitar nenhuma repressão e violenta. Repudiamos a postura autoritária do governador do Acre, Gladson Cameli. A nossa luta continuará!

Repudiamos também as declarações do governador que nossa manifestação tem interesse às eleições do ano que vem e as mentiras espalhadas pela imprensa burguesa, que quis relacionar os manifestantes ao uso de entorpecentes durante o protesto.

A nossa luta em defesa da Amazônia, dos povos da floresta, do meio ambiente e por uma sociedade justa e igualitária é para hoje, é para agora, é para o presente!

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