Helicóptero de forças israelenses disparou contra vítimas de 7 de outubro, aponta jornal de Israel

Segundo reportagem do jornal israelense Haaretz desse dia 18 de novembro, investigações das autoridades de segurança do Estado de Israel apontam que parte das pessoas mortas na rave realizada a poucos quilômetros de Gaza, no dia 7 de outubro, foi vítima do próprio exército do Estado sionista.
Matéria assinada por Joshua Breiner cita que um helicóptero das IDF (Forças de Segurança de Israel na sigla em inglês), vinda da base de Ramat David, disparou e atingiu participantes da rave, sem especificar quantas vítimas foram mortas por esses disparos. Imagens de inúmeras carcaças de carros retorcidas, porém, dá uma breve noção do poder de fogo utilizado pelas forças de Israel, não compatível com as armas do Hamas. Segundo as mesmas autoridades israelenses, 364 pessoas foram assassinadas no local.
Ainda segundo o Haaretz, as investigações apontam que o Hamas não tinha conhecimento de que estaria ocorrendo uma rave no local no dia 7 de outubro, data em que o grupo, junto a outros movimentos de resistência contra a ocupação de Israel, lançaram a operação militar “Tempestade de al-Aqsa”. Isso porque o evento estava marcado para ocorrer na quinta e sexta-feira, tendo recebido autorização para estender a festa para o sábado, no dia 7, somente na última hora. Desta forma, o Hamas teria se deparado com a rave já com a operação em andamento.
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Estado de Israel: fábrica de fake news
Antes mesmo da reportagem do Haaretz, várias denúncias já davam conta que muitos dos civis mortos no dia 7 haviam sido vítimas das próprias forças de Israel. No entanto, os sionistas sempre responderam essa acusação com uma falsa indignação, tachando de “fake news” essas evidências.
O que vai ficando cada vez mais evidente, porém, é a verdadeira fábrica de fake news posta em marcha pelo Estado de Israel para tentar justificar o genocídio e a limpeza étnica, praticados em meio a uma sucessão de crimes de guerra. Como o bombardeio ao Hospital Árabe Al-Ahli, em 17 de outubro, que vitimou mais de 500 palestinos, e que Israel atribuiu falsamente a um “foguete” do Hamas. Ou, mais recentemente, o cerco e a invasão ao Hospital Al-Shifa, sob a justificativa de que o complexo médico abrigava comandos do Hamas. Mais uma vez, nada foi encontrado e o Exército chegou a apagar uma postagem que estava sendo ridicularizada nas redes sociais, mostrando CDs e um computador como “evidência” da ação de “terroristas”.
A principal fake news, porém, é a de que o Estado de Israel promove uma “guerra contra o Hamas”, quando, na verdade, impõe um verdadeiro massacre contra toda a população palestina. De Gaza à Cisjordânia, território ocupado e controlado pelo Fatah, grupo rival do Hamas e aliado de Israel, e que teve instalações bombardeadas pelas IDF nos últimos dias. O plano sionista, conformado documento do Ministério da Inteligência vazado pelo site “Calcalist”, e também noticiado pela mídia israelense, consiste em expulsar os 2,2 milhões de habitantes de Gaza de forma definitiva, direto para o deserto do Sinai, anexando o território e dando sequência à Nakba de 1948.