José Bodas Lugo, dirigente petroleiro venezuelano, explica a situação dos trabalhadores
Dirigente sindical trotskista é vice-presidente da Federação dos Petroleiros da Venezuela
A situação dos trabalhadores venezuelanos é dramática como muitos de nós sabemos e podemos testemunhar com os milhares de migrantes econômicos que encontramos pelo Brasil afora.
Um operador da empresa petroleira PDVSA, que trabalhe em sistema de turno, portanto, recebe alguns adicionais, ao final do mês tem em sua conta o equivalente a 80 dólares e mais um bônus, que segundo os petroleiros: “não dá para nada”.
O custo de vida é insuportável. Um frango de dois quilos custa 8 dólares ou a décima parte do salário de um operário especializada da estatal petroleira. Uma cartela com 30 ovos custa 5 dólares.
O movimento sindical está completamente travado pela burocracia sindical chavista-madurista e esta sim, vive muito bem.
As eleições sindicais na Venezuela seguem um rito desconhecido por muitos de nós, na medida que no “Socialismo do Século XXI” os trabalhadores não podem convocar eleições. Quem as convoca é Conselho Nacional Eleitoral, aquele mesmo que ajudou a fraudar as eleições presidenciais.
Então, para que tenha eleições sindicais, o governo é quem tem que autorizar e, obviamente, não autoriza pois sabe que vai perder as eleições.
O vídeo que apresentamos é do dirigente sindical trotskista, José Bodas Lugo, que está em seu primeiro e único mandato no cargo de vice presidente da Federação dos Petroleiros da Venezuela. Agora pasmem: José Bodas está no cargo desde 2007 ou seja, a 17 anos. Obviamente, não é por sua vontade, é que o socialismo madurista não permite que os trabalhadores elejam nova diretoria, pois sabem que vão perder as eleições.
Veja o vídeo, e entenda uma das facetas repressiva do ditador Maduro e de como se perpetua no poder através da repressão aos trabalhadores:
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