Lançamento das pré-candidaturas do Polo Socialista e Revolucionário em Minas Gerais
Na tarde do dia 28 de maio, no auditório do Sindirede BH, ocorreu o lançamento das pré-candidaturas do Polo Socialista e Revolucionário. Vanessa Portugal, professora, dirigente das lutas da classe trabalhadora, pela moradia, pelo Fora Bolsonaro e Mourão, e principalmente, pela construção de uma sociedade socialista, foi lançada como pré-candidata ao governo de Minas. Como pré-candidato a vice-governador o companheiro Jordano Carvalho, dirigente metalúrgico da Federação Democrática dos Metalúrgicos e de São João Del Rei, ambos dirigentes do PSTU.
Ao Senado foi lançada a companheira Dirlene Marques, ex-candidata ao governo de Minas pelo PSOL, e agora candidata pelo Polo Socialista e Revolucionário. Dirlene é uma militante revolucionária de longa tradição, ativista das lutas das mulheres, dos direitos humanos e por uma sociedade socialista.
A companheira Vera Lúcia, pré-candidata a presidenta pelo PSTU e pelo “Polo”, fez uma fala aos participantes onde ressaltou a necessidade de construir uma alternativa revolucionária para a classe trabalhadora. Vera não conseguiu chegar presencialmente porque estava em Recife, onde caiu uma forte chuva, que levou a vida de quase uma centena de pessoas e milhares de desabrigados. Deixamos aqui nossa solidariedade a população trabalhadora de Pernambuco.
A apresentação das candidaturas contou com a presenta de moradores de ocupações de Belo Horizonte e Contagem, metalúrgicos de todo o Estado, trabalhadores da mineração, dos frigoríficos, rodoviários da carga, petroleiros, trabalhadores da educação pública de BH, Contagem, Betim, e da rede estadual de Minas Gerais, trabalhadores da saúde pública e privada, professores e servidores da UFMG e do IFET MG, além da juventude. Além de dirigentes das lutas e greves da classe trabalhadora em todo o Estado de Minas Gerais. Dirigentes das lutas das mulheres, negros e negras, lgbtqi´s. Lutadores e lutadoras por uma revolução socialista.
Uma necessidade da classe trabalhadora
A primeira parte do ato foi a apresentação do “Dossiê Zema”, um estudo sobre a situação econômica, fiscal do Estado de Minas sob a gestão de Romeu Zema, partido Novo. Zema se notabiliza por se posicionar publicamente em favor dos interesses das mineradoras, como nos crimes da Vale, em Brumadinho, e agora em defesa da Tamisa, na Serra do Curral. Empresas que extraem seus lucros destruindo o meio-ambiente, destruindo rios, mananciais, fauna e flora, que nada se importam com as condições de vida da maioria da população. Além de pagarem poucos impostos e enviarem seus lucros para acionistas estrangeiros.
Sob a gestão de Zema, além de “passar a boiada” em favor das mineradoras, o serviço público é duramente atacado e as condições de vida da classe trabalhadora tem despencado.
Por outro lado, Kalil, ex-prefeito de BH, tenta aparecer como alternativa a Zema, mas é face da mesma moeda. Manda agredir professores e mantém política de ataques aos serviços públicos, enquanto oferece milhões em subsídios à “máfia” dos transportes.
Alternativa para a classe trabalhadora e a juventude
Após a apresentação do “Dossiê Zema”, falaram: Flávia Valle do MRT, Edvaldo da CST/PSOL, Leonardo Auim do Emancipação Socialista e Hormindo P. S. Junior, companheiras e companheiro que compõem a coordenação do “Polo” em Minas Gerais. E em seguida foi aberto inscrições para falas da audiência.
Todas as falas, cada uma a sua maneira, destacaram a importância das candidaturas do “Polo” como parte da construção de uma alternativa que de fato esteja a serviço das necessidades da classe trabalhadora.
É preciso debater, e o “Polo” irá debater, quais os verdadeiros motivos e responsáveis pela situação a que se encontra o país, é preciso esclarecer os porquês da classe trabalhadora estar com salários arrochados, passando necessidades, uma enorme parcela desempregada ou com empregos precarizados, um contingente crescente de sem-tetos nas ruas das cidades e, enquanto isso, os bilionários estão cada vez mais ricos.
Bilionários que se veem representados por governantes genocidas como Bolsonaro e Mourão, que aplicam uma política de escravização da classe trabalhadora para aumentar as fortunas dos mais ricos.
É preciso sim dar um fim ao governo Bolsonaro, mas enquanto existir o capitalismo, principalmente nessa fase decadente de barbárie explícita, o desespero de milhões de pessoas irá continuar. Por este motivo a política de conciliação de classes de Lula, com Alckmin, apoiando kalil para o governo do Estado, também defende os interesses dos mais ricos.
O “Polo” se constitui como alternativa socialista e revolucionária debatendo que devemos arrancar o mal pela raiz. Apresentar um programa para confiscar os bens das mineradoras e das multinacionais do agronegócio, para usar as riquezas produzidas para satisfazer as necessidades da maioria da população. Parar a exportação de alimentos para acabar com a fome das famílias. Reduzir a jornada de trabalho nas empresas para acabar com o desemprego. Tudo isso não se faz com conciliação de classes, mas sim com mobilização e organização da classe trabalhadora.
O socialismo e a revolução é o que há de mais necessário para a classe trabalhadora
A atividade terminou com a denúncia da política dos governos dos grandes capitalistas, que para garantir as riquezas de uma ínfima minoria promovem uma situação de barbárie, guerra, miséria, desemprego e morte ao conjunto da classe trabalhadora.
Ao mesmo tempo, foi feita com uma homenagem às nossas irmãs e irmãos trabalhadores tirados de nosso convívio pelas mãos de grandes empresários, latifundiários e do aparelho repressivo do Estado.
E, após cerca de três horas intensas de atividade, em um clima de muita disposição, o lançamento das pré-candidaturas do Polo Socialista e Revolucionário em Minas Gerais do terminou com os presentes cantando:
“Aqui não tem conciliação,
Somos socialistas pra fazer revolução”