MIT – Chile – Américo Gomes. Até o socialismo, sempre!

Hoje começamos o dia com uma notícia triste: o falecimento do nosso companheiro Américo, dirigente do PSTU do Brasil e da LIT-QI (Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional)
Para o MIT, a seção da LIT no Chile, assim como para toda a nossa Internacional, este é um golpe muito duro. Alguns de nós o conhecíamos por artigos que ele escreveu ou fotos de manifestações, o que tornou seu nome familiar. Outros de nós o conhecemos há várias décadas, lutando duras batalhas para manter até mesmo a existência de nossa Internacional como uma organização revolucionária baseada no princípio do centralismo democrático. Mas foi no meio da revolta ou revolução chilena que a maioria de nós o conheceu pessoalmente. Com quase dois metros de altura, voz rouca e olhar franco, ele estava pronto para lutar as batalhas para construir um partido revolucionário e alcançar um futuro digno para a humanidade. Gentil como poucos, disposto e dedicado ao máximo. Américo esteve na Plaza Dignidad, participando de grandes manifestações, e também participou, como convidado em uma audiência, da Convenção Constitucional de 2021, falando sobre o Plano Condor, um plano orquestrado pelo imperialismo e pelas ditaduras latino-americanas para reprimir, torturar, assassinar e fazer desaparecer ativistas sociais. Além disso, prestou importante apoio ao MIT na produção de uma resenha especial sobre o 50º aniversário do golpe militar, escrevendo um artigo sobre as forças repressivas e a política dos revolucionários em relação às Forças Armadas, tema sobre o qual possuía amplo conhecimento teórico e prático, tendo participado de inúmeras greves organizando a autodefesa dos trabalhadores contra a repressão policial.
Há algum tempo ele passou por uma cirurgia de coração aberto. Tínhamos medo de perdê-lo, mas com sua força característica, ele se recuperou rapidamente e retornou às suas funções. Hoje ele não está mais conosco, e do Chile, com o coração pesado e nos sentindo um pouco mais sozinhos, prestamos nossas mais profundas homenagens. Engolimos nossas lágrimas, cerramos os punhos e, como ele faria, continuamos a colocar nossas vidas a serviço da revolução.
Camarada Américo Gomes, presente!
ATÉ O SOCIALISMO PARA SEMPRE!