Petroleiros de todo o país cruzaram os braços contra os ataques da direção da empresa
A categoria unificou a luta em defesa do teletrabalho, do PLR e de outras pautas gerais

Petroleiros de todo o país paralisaram suas atividades no dia 26 de março. O motivo? Uma série de ataques que a direção Petrobras, uma empresa estatal, vem desferindo contra os trabalhadores e trabalhadoras.
O atual movimento começou com uma medida arbitrária da empresa, que visa o aumento do trabalho presencial, sem negociar com o sindicato. A mudança, sem negociação e de forma arbitrária, afeta milhares de trabalhadores que, primeiro, foram obrigados a se adaptar ao teletrabalho e, agora, estão sendo, de novo, obrigados a voltar à modalidade presencial sem nenhuma discussão.
Como se fosse pouco, a Petrobras está reduzindo em 30% o valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que tinha anunciado que pagaria aos trabalhadores. Também sem discussão com os trabalhadores. Enquanto isso, a empresa anunciou a distribuição de R$ 102,6 bilhões em dividendos, o que representa mais de 200% do lucro líquido divulgado pela empresa.
Esses problemas, que foram o estopim para o atual movimento grevista, na verdade, são apenas os elementos mais visível dentro de uma piora constante das relações de trabalho dentro da companhia. Tudo isso combinado com uma gestão autoritária por parte da atual presidenta, Magda Chambriard.
Negociação
A paralisação de 24 horas foi um sucesso. A empresa teve as atividades paralisadas no Rio de Janeiro (na capital, Maricá, Angra, Duque de Caxias e Norte Fluminense); nas bases de Sergipe e Alagoas; no Pará, Amazonas, Amapá e Maranhão; em São Paulo (capital, Litoral Paulista, São José dos Campos e Paulínia); no Rio Grande do Sul e demais unidades do Sistema Petrobrás.
A força da greve obrigou a Petrobras a convocar uma reunião de negociação, que acontecia quando fechávamos essa edição do Opinião Socialista. Se as negociações não avançarem, está colocada a possibilidade de uma greve nacional petroleira por tempo indeterminado.