Queixadas fica! Não ao despejo!

No dia 11 de agosto, o Ministério Público de Cajamar (SP) se manifestou pela reintegração de posse da Ocupação dos Queixadas. As famílias, formada por mulheres e crianças negras em grande parte, há 6 anos transformaram uma terra ociosa, sem função social — antes usada como lixão — em um bairro vivo, com casas, histórias e laços comunitários, e agora recebem o prazo de 30 dias para sair da área.
A situação é urgente, pois a ordem de despejo pode ser emitida pelo juiz a qualquer momento! Mais uma vez, a “justiça” atua com racismo, escolhendo o lado dos ricos e da especulação imobiliária, numa das cidades mais estratégicas aos grandes negócios, com os maiores centros logísticos do país.
A prefeitura oferece apenas um abrigo provisório, sem espaço para os pertences e sem garantir moradia definitiva, abandonando as mães, pais, trabalhadores e crianças sem ter onde morar. Bastaria o prefeito Kauãn assinar o ofício para incluir as famílias no programa Cidade Legal, para o qual a ocupação já estava enquadrada nos critérios, restando apenas a indicação da prefeitura de Cajamar.
Nós do PSTU estaremos lado a lado dos moradores da Ocupação dos Queixadas — nome que homenageia os grevistas que desafiaram a Portland, grande empresa de cimento da região — e que define tão bem o espírito das famílias que há 6 anos mostram que sua existência é resistência.
Queixadas fica! Casa é pra morar e não pra lucrar! Não ao despejo!