Nacional

RS: Número de mortos chega a 95 e um total de 128 desaparecidos

CSP-Conlutas realiza campanha de arrecadação financeira via PIX e transferência bancária. Contribua!

Redação

8 de maio de 2024
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80% do estado do Rio Grande do Sul foi afetado pelas chuvas | Foto: Ricardo Mansur/Palácio Piratini

Na manhã desta quarta-feira (8), a Defesa Civil informa que o número de mortos se mantém em 95 pessoas. Esse número pode aumentar ainda mais nos próximos dias, pois há um total de 128 desaparecidos, além de 372 feridos. Também há 4 óbitos em investigação.

De acordo com a Defesa Civil, há 66.434 desabrigados, instalados em alojamentos cedidos pelo poder público, e 158.992 desalojados.

Do total de 497 municípios do estado gaúcho, 414 foram afetados pelas fortes chuvas da região. O número representa 83% de todo o estado gaúcho.

As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 327 mil alunos foram impactados. Até o momento, 941 escolas foram afetadas, 421 danificadas e 71 escolas servem de abrigo.

Ao menos 400 mil pontos sem energia e 500 mil sem água em todo o estado do Rio Grande do Sul.

Campanha solidária

A CSP-Conlutas se soma à campanha em apoio aos atingidos e dá início a uma campanha de arrecadação financeira.

As contribuições devem ser feitas via PIX, através da chave: financeiro@cspconlutas.org.br.

Ou ainda via depósito/transferência para:

Banco do Brasil
Agência: 3520-3
Conta corrente: 26261-7
CNPJ: 07.887.926/0013-23

As doações serão destinadas pela direção estadual do Rio Grande do Sul da CSP-Conlutas à assistência de famílias atingidas.

Juntamente a isso, exigimos do governo de Eduardo Leite (PSDB), governos municipais e do governo federal a imediata assistência aos atingidos e o restabelecimento de serviços essenciais.

Os governos devem colocar em prática um plano de obras públicas que possa garantir a reconstrução das moradias e locais destruídos, atendendo, prioritariamente, as populações que vivem em áreas de risco.

A CSP-Conlutas também defende a suspensão do pagamento da dívida pública, para garantir dinheiro público para as reais necessidades da população.

É preciso enfrentar a crise climática, causada pela ganância e irracionalidade capitalista. Isso implica enfrentar de imediato os interesses do agronegócio, da especulação imobiliária, as privatizações e, acima de tudo, avançarmos na luta por uma sociedade socialista.

SAÍDA

Programa imediato para enfrentar a catástrofe 

Imediata assistência aos atingidos, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução das residências e locais destruídos;

É necessário enfrentar a especulação imobiliária, desapropriar residências em áreas seguras que, hoje, só servem para a especulação, para garantir moradias dignas à população pobre, além de reparar os prejuízos dos que já foram atingidos;

Zerar o déficit habitacional, expropriar os imóveis dos grandes capitalistas, usados para a especulação imobiliária;

Como parte da solução dos problemas de infraestrutura e reconstrução das casas, estradas e pontes, defendemos o não pagamento da ilegítima da dívida pública. Assim, seria possível financiar um plano estatal de prevenção às mudanças climáticas; como também um plano de obras públicas para reconstrução das casas atingidas e construção de novas residências, para quem vive em área de risco;

Reestatização da CEEE (eletricidade) e da Corsan (água e esgoto), sem indenização para os empresários e sob controle dos trabalhadores e usuários, para que atendam às necessidades da maioria da população.

CRISE DO CAPITAL

Socialismo ou colapso ambiental

Atualmente, todas as tragédias ditas naturais que ocorrem no mundo são cada vez mais graves. Tudo isto nos dá a dimensão e a urgência de enfrentarmos a catástrofe climática, que passa, obrigatoriamente, por mudanças profundas na forma de produção e relação com a natureza, inclusive atacando o agronegócio.

O PSTU se solidariza com todas as vítimas, se soma nas ações de solidariedade aos desabrigados que estão sendo chamadas e se compromete a seguir exigindo dos governos investimento de recursos nas medidas preventivas.

Ao mesmo tempo, fazemos um chamado à reflexão: está em nossas mãos (dos explorados, dos oprimidos e da juventude precarizada) mudar os rumos da história da humanidade. Sem romper o ciclo expansionista da acumulação de capital e usar a riqueza produzida pelos trabalhadores e trabalhadoras, para atender às necessidades coletivas da sociedade, ao invés de ser apropriada pela burguesia, a civilização caminhará para a completa catástrofe.

É preciso que rompamos com o capitalismo e construamos uma sociedade socialista. Até que isto aconteça não haverá racionalidade na relação com a natureza.

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