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RS: Participe do abaixo-assinado pela reestatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE)

O PSTU se soma à iniciativa da Associação das Pessoas Atingidas pelas Mudanças Climáticas (AMAC)

PSTU-RS

19 de janeiro de 2024
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A péssima qualidade dos serviços da CEEE Equatorial tem causado prejuízos à população | Foto: Fernando Vieira/CEEE-Divulgação

Associação das Pessoas Atingidas pelas Mudanças Climáticas (AMAC) lançou um abaixo-assinado pela reestatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) que foi privatizada pelo governador Eduardo Leite (PSDB), com o apoio do prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB). Assine aqui!

A CEEE passou a ser parte do grupo Equatorial Energia, que assumiu as atividades da empresa em julho de 2021, após ser privatizada pelo governador Leite, que tem se demonstrado um destruidor do serviço público. A Equatorial pertence a um conjunto de fundos de investimento, nacionais e internacionais, e a um fundo de pensão canadense. Seu propósito é exclusivamente o ganho financeiro, o que leva à oferta de um péssimo serviço à população do Rio Grande do Sul e dos outros estados onde o grupo atua. No ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de empresas distribuidoras de energia, classificadas por indicadores técnicos, a Equatorial do Rio Grande do Sul é a pior do país, seguida pela Equatorial de Goiás e Equatorial do Maranhão.

A péssima qualidade dos serviços da CEEE Equatorial tem causado prejuízos e desespero com longos períodos de falta de energia para lares gaúchos e empreendimentos comerciais. A situação é tão crítica que foi protocolada na Câmara Municipal de Porto Alegre um pedido para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação da CEEE Equatorial na capital gaúcha. Uma CPI também está sendo articulada na Assembleia Legislativa.

Reestatização, já!

O PSTU chama a população a participar do abaixo-assinado pela reestatização da CEEE. “Somos parte dessa campanha e a chamamos a classe trabalhadora a participar. Mas só o abaixo-assinado não será suficiente, é uma forma de pressão, mas não será suficiente. É preciso organizar a classe trabalhadora, a juventude, a população nos bairros e realizar fortes mobilizações de rua. Não tem outro caminho a não ser a ação direta, não podemos depositar as esperanças em CPIs feitas por parlamentares que foram a favor da privatização. Temos que ir à luta de forma organizada e independente lutar pela reestatização da CEEE e contra as privatizações que também seguem a nível municipal e federal”, defende Fabiana Sanguiné, pré-candidata a prefeita de Porto Alegre pelo PSTU.

Fabiana enumera vários problemas enfrentados hoje pela população após a privatização da CEEE: “Existe um déficit estrutural do sistema elétrico, sem contar a falta de transparência na composição do quadro de funcionários e gerenciamento no tratamento com clientes. A população sofre com quedas de energia e com a demora no tempo para restabelecimento. Isso tem causado danos e prejuízos. Sem falar na falta de políticas preventivas da prefeitura, como a poda de árvores”.

A pré-candidata a prefeita de Porto Alegre também ressalta que teve uma redução no número de funcionários após a privatização, assim como não é executado o manejo arbóreo próximo ou em contato com a rede elétrica. Sem contar que a população reclama do atendimento deficitário nos canais de relacionamento da empresa com os usuários.

A falta de comunicação com os usuários é tão grande, que o prefeito de Porto Alegre fez postagem reclamando da CEEE Equatorial em suas redes sociais. O mesmo prefeito que fez postagens e votou a favor da privatização da CEEE quando era deputado estadual. O prefeito Melo privatizou a empresa de ônibus municipal Carris e quer privatizar o Departamento de Águas e Esgoto (DMAE). Recentemente, vimos uma parceria do presidente Lula (PT) com o governador Leite para privatizar o presídio de Erechim.

“Temos que ir à luta contra todas as privatizações, de todos os governos, e pela reestatização da CEEE. O serviço de energia é estratégico e essencial, não pode ser visto como mercadoria, tendo o lucro como objetivo central. Defendemos uma empresa pública, 100% estatal, de qualidade e sob o controle dos trabalhadores e usuários”, finaliza Fabiana Sanguiné.

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