RS: Rejane de Oliveira é pré-candidata a governadora pelo PSTU
O PSTU tem a grata satisfação de apresentar para os trabalhadores (as) do Rio Grande do Sul a pré-candidatura de Rejane de Oliveira ao governo do Estado. É a única candidata ligada às lutas da classe trabalhadora e defenderá um programa socialista ao governo do Rio Grande do Sul.
O Brasil de Bolsonaro: um país rico e um povo mais pobre
O Brasil é, apesar de toda a decadência das últimas décadas, um país rico. Não haveria razão para ter 20 milhões passando fome, ou para a maioria dos trabalhadores (as) não contar com emprego formal, salário digno e direitos. Mas isso acontece justamente porque toda a economia é dominada por meia dúzia de grandes bancos e empresas multinacionais, que controlam o grosso da economia, incluindo o agronegócio, de quem os grandes empresários brasileiros são sócios menores. Bolsonaro reflete o empresariado mais reacionário, que quer o lucro a qualquer custo, ou seja, a própria vida dos trabalhadores (as). Não à toa incentiva os ataques armados de milicianos, garimpeiros e polícia sobre os mais fracos.
O PSTU impulsiona o Polo Socialista e Revolucionário, acordo entre organizações políticas e dirigentes que tem essa compreensão. Em nível nacional, o Polo está representado pela pré-candidatura da Vera para a presidência do país. É necessário que a classe trabalhadora tenha um programa contraposto às alternativas que, sendo de direita ou de esquerda, querem manter o domínio dos capitalistas sobre a sociedade, afundando-a na sua própria crise.
O Rio Grande precisa de uma alternativa dos trabalhadores (as)!
Eduardo Leite governou a serviço dos ricos e dos patrões, manteve e ampliou a política de isenções e benefícios para grandes empresas e o agronegócio; privatizou a CRM, Sulgás e CEEE e impôs um arrocho salarial ao conjunto do funcionalismo e o desmonte do serviço público. Na pandemia, no momento mais crítico, não garantiu medidas de distanciamento, se igualando a Bolsonaro, com o lucro acima das vidas.
É necessário romper com a dívida federal, que já foi paga. Romper com os compromissos com os ricos, as isenções a empresas, que só a pioram a vida do povo trabalhador, com sucateamento e desmonte da saúde, educação e nenhuma política de combate ao desemprego.
Mulher negra, ligada às lutas, com coragem e coerência
Diante da situação da classe trabalhadora, muitos desempregados passando fome, e os que têm emprego vivendo com baixos salários, corroídos pela inflação, é necessária uma alternativa que represente a luta e um programa socialista. A candidatura da Rejane representa de forma categórica essa alternativa. Sua trajetória de coragem e enfrentamento aos ricos e poderosos, sempre coerente ao lado da classe trabalhadora. Uma mulher de fibra, negra e socialista, carrega consigo o legado das lutas dos lanceiros negros aos trabalhadores (as) do campo e da cidade.
Rejane é professora aposentada da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul. Foi presidente do CPERS-Sindicato, um dos maiores sindicatos do país, por duas gestões. À frente do CPERS dirigiu fortes greves na defesa do piso nacional e pelos direitos dos trabalhadores (as) em educação, contra o governo Yeda e o governo do PT, partido a qual era filiada, mantendo a independência e autonomia do sindicato em relação aos governos. Os enfrentamentos aos governos petistas foram os motivos que levaram como punição à sua destituição da direção do PT, e sua posterior decisão de se desfiliar.
Rejane de Oliveira é membro da Executiva Estadual e Nacional da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).
Combater os candidatos bolsonaristas e ser alternativa ao bloco de conciliação de classes
Os principais candidatos que até agora haviam se apresentado estão em dois blocos contrapostos. De um lado, temos os candidatos alinhados com Bolsonaro, como Ônix (ministro de Bolsonaro) e Heinze, notório defensor do latifúndio e da cloroquina. Querem o avanço do projeto autoritário de Bolsonaro, a serviço da maior exploração da classe trabalhadora.
De outro lado temos os candidatos alinhados com o projeto Lula-Alckmin. Prometem reeditar os governos do PT que, apesar de terem feito algumas concessões para os mais pobres por um período, beneficiou os banqueiros e agronegócio enquanto atacava direitos dos trabalhadores (as), vide a reforma da previdência. Nesse bloco estão Edegar Pretto (PT), Beto Albuquerque (PSB) e Pedro Ruas (PSOL).
Apesar de serem blocos rivais, especialmente no que toca o projeto de ditadura de Bolsonaro, tem um ponto em comum: não rompem com os interesses dos bilionários e dos banqueiros. Com esse tipo de compromisso, vão manter o Estado numa decadência que se abate especialmente sobre os trabalhadores (as), os mais pobres, os setores oprimidos e os desempregados.
Não há saída, para o Brasil e o Rio Grande, sem o socialismo e a revolução
A classe dominante, em especial, a ultradireita, demonizou o socialismo, baseados no que foram antigos Estados como a ex-URSS e outros. Ocorre que aqueles países nunca tiveram o verdadeiro socialismo, que pressupõe a liberdade e o poder dos trabalhadores (as), e não a ditadura de uma burocracia governamental.
Por outro lado, correntes que se dizem de esquerda abandonaram a perspectiva socialista, que passaram a considerar utópica, e aceitam governar o capitalismo, com a promessa de melhoria de vida.
O PSTU afirma que não há nada mais utópico do que considerar que as condições de vida vão melhorar no atual capitalismo decadente, que prepara novas pandemias, mais desemprego e fome, novas guerras.
O programa que propomos parte de uma ideia simples. Quem produz tudo na sociedade pode resolver todas as demandas sociais se estiver no controle do Estado e das empresas, rompendo com o imperialismo estrangeiro, tirando dos bilionários para financiar obras públicas e acabando com o desemprego.
O que impede a realização desse programa é o fato de que os trabalhadores (as) não tenham essa consciência, fruto também do abandono do PT e outros partidos de esquerda de um programa de ruptura com o capitalismo.
As candidaturas da Vera e de Rejane se colocam a serviço da luta dos trabalhadores (as) e com estes queremos construir nosso programa, representando o PSTU e também o Polo Socialista Revolucionário.