SP: Unificar os professores para enfrentar os ataques privatizantes do governo Tarcísio

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que encerrou 2023 aprovando a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) com repressão, e segue tentando punir os metroviários que estão lutando contra as privatizações, não esperou nem a virada do ano para anunciar o aumento das passagens em todo estado.

E não parou por aí, as professoras e professores da rede estadual já sentem o peso dos ataques de Tarcísio e de Feder desde a atribuição de aulas. Mais um ano se inicia com incerteza de emprego para milhares de professores da chamada “categoria O” (professores com contrato precário). Para aqueles que são efetivos, atribuições conturbadas, redução de disciplinas e fechamento de salas. Além disso, os professores também foram surpreendidos com inúmeras escolas estaduais sendo municipalizadas.

O contrato de trabalho do professor “categoria O” é uma expressão do avanço da privatização na educação. Os contratos flexibilizam os direitos e deixam milhares de professores sem aulas atribuídas no início do ano. Foi esse cenário caótico que gerou o início de uma organização da base da categoria, que começou a articular uma pauta de reivindicações e formas de mobilização para janeiro.

Pressionada pela mobilização da base, a Apeoesp está convocando uma assembleia da categoria para o dia 9 de janeiro. No entanto, tenta dividir os professores chamando uma assembleia somente dos professores contratados. Essa política de dividir a categoria, utilizada há décadas pelo governo para  enfraquecer a luta, não deveria ser reproduzida pelo Sindicato. Ao contrário, o papel do sindicato é a unificação de todos os professores, independentemente do tipo de contrato, sem deixar de levar em conta as especificidades. E mais, ao invés de dividir, a  direção da Apeoesp deve dar uma batalha pela unificação junto aos estudantes, pais e demais trabalhadores, em defesa da educação e dos serviços públicos, contra os cortes, as privatizações e a precarização do trabalho.

Para o PSTU será através da organização e mobilização da categoria, com apoio de toda a comunidade escolar, e dos demais trabalhadores, que podemos os ataques de Tarcísio e Feder e seu projeto privatizante para a educação pública poderão ser derrotados. Nesse sentido, defendemos uma ampla convocação para a assembleia do dia 9. Defendemos a pauta discutida pela base da categoria e consideramos essencial que a assembleia vote um comando de base para entrar na Secretaria de Educação (Seduc) e exigir que as reivindicações sejam atendidas. É fundamental que o secretário da Educação ouça, junto com o sindicato, a base dos professores da categoria O!

Por isso, no dia 9 de janeiro, todas e todos na porta da Seduc!

— Por atribuições justas, presenciais e transparentes!
— Efetivação/estabilidade aos professores da categoria O! nenhum professor sem emprego!
— Abaixo a nova carreira!
— Contra o fechamento e superlotação das salas!
— Em defesa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do período noturno!
— Pela revogação integral do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular