Três Lagoas (MS): Secretária de Educação é condenada pela justiça por corrupção

| PSTU Três Lagoas
Enquanto os profissionais da educação, em Três Lagoas (MS), lutam por condições mínimas de trabalho e por valorização, a administração da cidade nos surpreende todos os dias. Na última quarta-feira (26), foi publicado pelo site Campo Grande News, que a atual secretária de Educação, Ângela Brito, que antes era secretária na capital sul-mato-grossense, Campo Grande, foi condenada a 6 anos e 3 meses de prisão por corrupção na compra de livros paradidáticos. Outros cinco funcionários também foram condenados. A secretária foi indicada pelo prefeito anterior, Ângelo Guerreiro (PSDB), e mantida pelo prefeito atual, Cassiano Maia (PSDB), sem que a população soubesse do processo que estava se desenrolando contra ela.
Como a decisão ocorreu em segundo grau, ainda cabe recurso. No entanto, o caso teve uma grande repercussão na cidade, em especial na categoria da educação, e pode atrapalhar os planos do atual prefeito em manter a secretária na pasta, além de aprofundar a crise institucional que estamos vivendo.
Infelizmente, os principais órgãos de imprensa da cidade se calaram diante do ocorrido, o que também nos mostra de que lado estão. É a típica atitude de quem quer manter os problemas “por baixo dos panos” e enganar a classe trabalhadora. Essa é a “transparência” tão anunciada pelos poderosos que tentam, a todo custo, manter o sistema capitalista funcionando sem que haja ninguém para incomodar.
Nós, do PSTU, defendemos que sejam apurados todos os fatos relacionados a qualquer crime de corrupção, independente de quem seja o réu, por uma comissão formada pelas organizações da classe trabalhadora, sejam elas representações sindicais ou associações de trabalhadores. Nós não temos rabo preso com nenhum político e não podemos confiar nessa justiça que afina para os ricos e poderosos e pesa a mão para os que estão ralando no chão da escola.
Defendemos que todos os mandatos sejam revogáveis a qualquer momento e que os salários dos políticos e dos altos cargos seja o salário mínimo do DIEESE, que hoje é R$ 7.229 reais, e que todos os trabalhadores e trabalhadoras sejam valorizados de acordo com os gastos necessários para se ter uma vida minimamente digna. Defendemos também eleições para diretores e secretários municipais, para que seja garantida de fato uma gestão democrática com participação ativa da comunidade.
Por fim, também gostaríamos de trazer uma discussão para esse debate: é possível acabar com a corrupção no atual sistema em que vivemos, baseado em favores, exploração e represálias aos que se colocam contra as falcatruas de nossos governantes? Acreditamos que não. Por isso, convidamos a todas e a todos para pensar em uma outra possibilidade de sociedade, para rompermos com o sistema capitalista e construirmos uma sociedade governada pelas organizações da nossa classe, ou seja, uma sociedade socialista.