Nora Cortiñas, fundadora das Mães da Praça de Maio, até a vitória, sempre!
Faleceu nesta quinta-feira, 30 de maio, Nora Cortiñas, uma das fundadoras das Mães da Praça de Maio e símbolo da luta por justiça e pelos Direitos Humanos. Nora perdeu seu filho, assassinado pela ditadura, junto a outras 30 mil vítimas que o atual governo argentino, e a extrema direita, tentam jogar no esquecimento. Leia a nota divulgada pelo PSTU-Argentina
Faleceu Nora Cortiñas, um símbolo da luta contra o genocídio e pela Justiça e Punição aos assassinos. Muitos de nós choraremos sua partida, assim como alguns outros, ao contrário, os cúmplices, os que se beneficiaram da Ditadura, os que querem voltar a esses tempos, talvez celebrem. É natural: as grandes pessoas, as pessoas que lutam, especialmente se são mulheres, provocam isso. Amor, muito amor. E algum ódio, que não é mais que o reconhecimento de sua transcendência.
Ela foi uma heroína para aqueles de nós que vivemos a ditadura e lutamos ao lado das Mães. E teve a força e dignidade de se manter independente, lutando contra todos os governos porque todos, de uma forma ou de outra, mantiveram a impunidade.
Para o nosso partido, em especial, foi um apoio sempre que fomos atacados e perseguidos pelo Estado que combatemos. Ela não teve escrúpulos em apoiar a luta, na época, pela liberdade dos “presos de Caleta Olivia”.
Ela apoiou o fim da perseguição a Sebastián Romero, a quem não conhecia, quando outros que sabiam quem ele era se faziam de desentendidos. Ela apoiou e visitou na prisão Daniel Ruiz. Nunca esqueceremos isso, assim como todo o apoio a toda luta justa da classe trabalhadora e do povo que se desenvolveu em nosso país. E não só, porque causas como a Palestina também a tiveram como protagonista.
Por tudo isso, e muito mais, Norita: Hasta la victoria, siempre! São 30.000!
